Caro Marcelo...Meu Presidente e Querido Amigo...



Por MANUEL RUA
Está fora de questão …

… que o apoio solidário que sempre dediquei, e continuarei a dedicar, a qualquer pessoa que sofra as amargas consequências de actos criminosos, sejam eles praticados pelos meliantes que nos ameaçam sob a mira de uma pistola em qualquer esquina escura de Lisboa, ou por aqueles estupores de colarinho branco que violam a inocência e a boa-fé das pessoas, praticando os seus crimes de caneta em punho, a coberto de uma associação criminosa com autoridades de fiscalização manifestamente corruptas. 

Daí que entenda a tua cautelosa classificação de “pequeno custo para os contribuintes” … quando referindo a integração no défice dos montantes necessários para compensar (mesmo que parcialmente) os prejuízos sofridos pelos desgraçados “lesados do BES”. No entanto, julgo que são frases feitas de “paninhos quentes” que já não consolam ninguém nem amenizam o enorme sofrimento de austeridade a que todos temos estado sujeitos sobretudo pela falência na gestão da Autoridade do Estado, no enfraquecimento negligente das forças de segurança, na difícil intervenção da Justiça e dos Tribunais, na colossal contaminação dos valores perversos que se vão instalando na sociedade portuguesa e a poderão fazer regredir aos negros tempos do grande inquisidor. 

Julgo que, apesar da época natalícia recomendar os chocolates, a música suave, as selfies, os beijinhos e o afecto universal que devemos propagar … todos os factores que acima referi, se não atendidos com urgente e eficaz oportunidade e sabedoria, poderão fazer estremecer os alicerces da enorme esperança que nos trouxeste e perturbar o elevado e afável conceito em que ainda és tido por todos nós, portugueses. 


Ainda sobre a questão dos “LESADOS DO BES” … e de todos os seus efeitos laterais levados à prática pela mentalidade perversa de uns sinistros mamíferos nascidos com cornos curtos e cascos de bode …


ENTENDO,
1. Que os responsáveis pela gestão do Estado sejam fortemente pressionados a aceitar, numa perspectiva de mal menor, que a conta dos lesados do BES seja integrada no défice;
2. Que são poucas as hipóteses de solução e que os riscos aumentarão se o veículo a criar não ficar na dependência da CMVM ou do BdP;

3. Que Ricardo Ferreira Reis empenhou toda a sua competência e boa fé no trabalho de avaliação levado a cabo no Centro de Estudos Universitários e que perante os dados disponíveis a sua recomendação é séria;

JÁ NÃO ENTENDO,

1. Que sejam os contribuintes a pagar as elevadas compensações aos lesados do BES, como aponta a recomendação referida;

2. Que a Justiça e os mecanismos que a servem, não disponham da força necessária para chamar à pedra os responsáveis e levar a cabo as acções necessárias que substituam a revolta crescente alojada no íntimo de todos nós por um sentimento de segurança, de protecção e de solidariedade;

E NÁO POSSO DE MODO ALGUM ENTENDER,
1. Que isto aconteça enquanto os verdadeiros os mentores desta monumental vigarice se continuem a passear por aí … com o ar de quem nada devem, laureando a pevide e a rirem-se de todos nós;
2. Que, a essa gente ignóbil, não lhes sejam confiscados os bens e os proveitos que conseguiram traindo a boa-fé e a inocência das pessoas !!!

Desejo-te um Santo Natal … reforçando a esperança que todos temos em ti.



1 comentário:

  1. Eu não votei no Marcelo (além de o conhecer pessoalmente, já alguns anos. Eu sei, que também não foi preciso o meu voto... já tinha sido eleito pela comunicação social, aliás, ninguém e neste momento esta em condições politicas, de o convencer! Que isso dos "afectos", já começamos a ficar afadigados... Mas voltamos, aquilo que me despertou a minha atenção, que foi o caso do seu artigo. Estou no essencial de acordo, com seu ponto de vista. (…)

    “JÁ NÃO ENTENDO,

    1. Que sejam os contribuintes a pagar as elevadas compensações aos lesados do BES, como aponta a recomendação referida;

    2. Que a Justiça e os mecanismos que a servem, não disponham da força necessária para chamar à pedra os responsáveis e levar a cabo as acções necessárias que substituam a revolta crescente alojada no íntimo de todos nós por um sentimento de segurança, de protecção e de solidariedade”



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