Entre Linhas por MANUEL RUA
A cada dia reforço a minha
opinião crítica em relação ao comportamento da direcção partidária do PSD de
hoje, presidida por Passos Coelho, coadjuvado por um grupo de deputados
controlados por Luis Montenegro, e por uma série de cúmplices autárquicos profundamente
empenhados em levar à prática uma gestão política que se revela bem divergente
daquela que constituiu os fundamentos do ideário original do fundador Sá Carneiro.
Tudo leva a crer que esta
“fraternidade”, à semelhança do seu líder, agrega uma série de indivíduos de
índole particularmente rara, convenientemente formatados para agradar ao
“chefe”, alinhados por uma filosofia pitagórica, de regras obreiras, ângulos
bem precisos, verticais aprumadas e uma visão circular que observa, julga, condena
e leva ao extermínio tudo o que se afaste dos hirtos objectivos da “regra”.
Revelam-se pessoas de
julgamento parcial, desmedidos na ambição, voláteis no método e obstinados embaidores
por natureza.
Não me surpreende,
portanto, que o citado agrupamento tenha como coordenador para as próximas
eleições autárquicas, o presidente da câmara de Cascais, Carlos Carreiras, cuja
comprovada experiência nestas andanças de convencer o Povo de coisas que nem
sempre acontecem ou não correspondem à verdade além de fazer promessas que raramente
se vêm concretizadas, em boa verdade, se resume à aplicação estratégica de um
raciocino tão simples como elementar:
“Eu dou-vos o acesso à festa,
às sardinhadas, aos grelhadinhos e às “bejecas” … e vocês dão-me o vosso “voto”
nas próximas eleições” …
É claro … é fácil … é
barato … e dá milhões !
Não nego que até é bem
agradável passarmos um bocado com os amigos, a comer uns petiscos, mas, atenção
… SÓ É TOLO QUEM QUER! … e, porque a
coisa nos toca fundo, vale bem a pena dar uma pensada séria no assunto.
A questão fundamental que
sobreleva nesta engenharia eleitoral, tão minuciosamente manipulada pelos interessados,
consiste em promover os factores desviantes da “folia” e do “forró” para que,
na ilusão da fartura, nos tentarem convencer de que tudo está bem, “que não há
crise” e que, portanto, eles podem continuar no pelouro.
Mas, para que não
adormeçamos embalados pela “canção do bandido” ou pelo discurso do piteireiro, devemos
lembrar às senhoras e aos senhores autarcas que têm a responsabilidade de cuidar
da coisa pública que o património do município bem como os respectivos proventos
e rendimentos, pertencem aos munícipes E NÃO A ELES e, por isso, devem ser
geridos e cuidados com o respeito que lhes é devido e não como um instrumento
material para levar a cabo qualquer outro intento que não seja a sua preservação,
evolução e desenvolvimento com vista à melhoria do bem-estar de todos os
munícipes.
A regra deverá ser a de
SERVIR … e não a de se servir, sem nunca esquecer que o exercício da política
não pode nem nunca poderá ser um conforto … nem um modo de vida.
Deverá ser, sempre, uma VOCAÇÃO
com a vontade de servir reforçada pelos valores da Solidariedade, da Justiça,
da Dignidade e do Amor à Pátria.
Muito bem, Amigo Manuel Rua. Subscrevo na íntegra a situação descrita! Ultrapassa todos os limites do razoável o que acontece na Gestão do Município, extensível às Empresas e Associações Municipais. Como pessoas e munícipes responsáveis não podemos ficar indiferentes. Nesse sentido, devíamos criar um Grupo para acompanhar, analisando, a Gestão corrente do Município. A incompetência, acompanhada da prepotência, é por demais visível em todas as áreas. Continue com essa força, receba um abraço e disponha da minha pessoa para o que entender por conveniente.
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