Mais um negócio dos nossos gestores autárquicos




Em devido tempo e com a colaboração do responsável dos serviços de topografia da Câmara Municipal de Cascais, os proprietários dos Viveiros da Madorna resolveram vedar a RUA PÚBLICA que divide as Freguesias de Parede e S. Domingos de Rana, criando um recinto que designaram de PRIVADO, tendo colocado lá uma grande placa com essa informação.

Este assunto veio sendo apresentado desde há muito, e voltou a sê-lo na Assembleia Participativa de Tires, realizada a 14-3-2013, tendo o Presidente dito:  “…Já chegámos à conclusão que o espaço é público. Estamos em negociações com os proprietários dos Viveiros.”
Passados uns meses, durante a campanha eleitoral, encontrámo-nos em Tires, tendo o Presidente afirmado: “…agora é que vai! Já fizemos um levantamento exaustivo do património.”

Curiosamente, após as eleições, na Assembleia Municipal de 30 de Dezembro desse ano, a conversa já mudou, dizendo-me (nessa altura ainda respondia) que devia ser eu a provar que o espaço era público, como pode observar-se no sítio da CMC / AM, o vídeo dessa reunião, a partir de 1h:08m:45s.

Perante a falta de resolução e porque deixaram pura e simplesmente de me responder às questões colocadas em Assembleia Municipal, recorri ao Provedor de Justiça.



Chegou-me agora resposta do Provedor de Justiça,  que me merece as seguintes considerações:

     1.º  Construções ilegais contra as quais ainda não foi tomada qualquer acção e agora prevêem  ir licenciar outras em sua substituição?

     2.º   Referem-se às 2 floreiras junto à Ary dos Santos, mas “ignoram” as instaladas no meio da rua junto à vala, numa clara deturpação da realidade.

    3º Reconhecem o perigo da existência da vala, mas passaram todos estes anos sem tomar medidas, aliás preconizadas pelos próprios serviços . 

     4.º Retirar a placa (já retirada por alguém), ainda que haja informação de que o estabelecimento (que já não existe) se propõe adquirir a referida parcela de terreno, com vista a viabilizar o empreendimento urbanístico em fase de loteamento.  Há “informação da intenção”? Mas afinal não estão a negociar já há anos? Vai-se vender mais património?

   5.º “O arruamento usurpado se encontra abandonado”. Abandonado por quem? Não é à CMC que compete zelar pelo espaço público? “Destina-se a via pública e estacionamento público”. Nunca deveria ter deixado de ser!
Tudo isto só devido a inoperância – sabe Deus porquê – do executivo camarário.


Estamos pois, perante mais um negócio dos nossos gestores autárquicos!

As fotos do caso do nosso descontentamento


 

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