*TERESA GAGO
A maioria municipal no município de Cascais pretende
firmar-se como referência neoliberal. Tem a ajuda dos que teimam no centrismo e
serve-se do Presidente da República. Atualmente assiste-se ao acirrar de quem pressente
momentos difíceis para o seu projeto de subserviência ao capital estrangeiro. Dizem
que é a “globalização”....
Depois das eleições de 4 de outubro de 2015, quando o
neoliberalismo e a social-democracia do “centrão” viram goradas as suas
ambições de “ajustar” Portugal, é em Cascais que confluem os esforços para que
PSD/CDS mantenham a face. O Presidente da Câmara, coordenador nacional da
estratégia eleitoral autárquica do PSD, afadiga-se em aparições públicas; o
Vice-Presidente da Câmara e Presidente da distrital do PSD sonha “se os
autarcas governassem o mundo” e o coordenador local investe em provocações.
Começou a campanha eleitoral. Começou a chicana. O certo é que PSD/CDS sente que a perda da maioria absoluta
em Cascais pode preceder a derrocada dos seus partidos ao nível nacional.
Em Cascais, local para experimentação de estratégias
neoliberais, testam-se formas de fraturar as bases do Estado Social: (i) fazem-se
orçamentos participativos para entreter expectativas votando-se obras que
deveriam estar contempladas nas Grandes Opções do Plano; (ii) inauguram-se
hortas comunitárias enquanto se alienam baldios; (iii) corre-se a integrar no
domínio privado municipal terrenos públicos sem que seja esclarecido o seu
propósito; (iv) prometem-se faculdades privadas de Medicina quando há escolas
primárias em contentores; (v) ensaia-se a municipalização da educação enquanto
se escarninha da gestão democrática das escolas; (vi) fecha-se o município a
uma estratégia de transportes metropolitana para anunciar com fausto um plano
de mobilidade municipal; (vii) alega-se que o Governo desconsidera a linha de
Cascais quando na verdade reune investimento; (viii) implementam-se
parquímetros para aumentar o esbulho aos munícipes; (xix) estimula-se através
da política municipal a gentrificação por que o estrangeiro é que importa. Os
estrangeiros, os beneficiados e os distraídos agradecem, dão prémios e aplaudem.
Como é evidente a política municipal estará brevemente sob
escrutínio eleitoral. Em 2013 aconteceu que uma minoria social (38%) elegeu uma
maioria absoluta com uma gestão de tendência totalitária. A Câmara Muncipal que
deveria ser um órgão democrático colegial, na prática, não o é. Mesmo a maioria
da Assembleia Muncipal é desvirtuada por interesses partidários em que os
Presidentes de Junta representam o partido e não a freguesia. O certo é que 48%
dos eleitores votaram em alternativas e apenas 43% no PSD/CDS. Em Cascais a
democracia está inquinada.
Durante todo o mandato a maioria trabalhou para os
resultados eleitorais futuros. Prossegue com o firme propósito de silenciar as
vozes dissonantes. Com um estilo que oscila entre o vexatório e o truculento visa
o amedrontamento geral para que haja desistências. Recentemente até apelou a renúncias
de mandatos da oposição! Infelizmente não espanta pois para a gestão do poder
não democrático a oposição constitui um incómodo...
Tentam construir uma imagem de “todos somos Cascais” em que
o duce é incontestado. Ao velho
estilo de António Ferro seguem a estratégia de que “só existe aquilo que se sabe que existe”. Um exemplo
é o denominado boletim municipal C, um dos eixos de propaganda da coligação. Unicidade
de opinião, apenas uma visão do concelho, com dinheiros públicos. “Todos somos
Cascais” desde que sejam do PSD ou do CDS e, mesmo de entre estes, apenas os
alinhados.
O PSD/CDS em Cascais luta avidamente pelo seu lugar no mundo
neoliberal. Pretende competir com a California nas universidades e com a Húngria
no estilo de governação. Está em curso o que Stiglitz apontou, no Estoril, como
sendo a "luta de classes contra
os mais pobres". Acontece na europa, aconteceu em Portugal até 26 de
novembro de 2015 e procura sobreviver, exemplarmente, em Cascais.
Em 2017, em
Cascais, haverá que recolocar a democracia a funcionar sem timidez ideológica. O
projeto do PSD/CDS é evidente: populismo para cativar os incautos,
conservadorismo para fomentar a política “da mão estendida” e liberalismo para
justificar os grandes negócios.
Nas próximas
eleições autárquicas não podemos ter 62% de abstenção. Que possa governar quem
é capaz de cumprir com a democracia pluralista, sem necessidade de unanimismos.
Para bem de Cascais e para bem de Portugal.
* Vereadora do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Cascais
Que não lhe doa a mão, Senhora Vereadora...! Só não percebo - talvez porque estou (voluntariamente)de fora do sistema partidário - as razões que levam o PS nacional a alhear-se do que se passa em Cascais, deixando os órgãos locais na mão de quem "deixa andar", com algumas muito honrosas excepções, como a que aqui se comenta.
ResponderEliminarSenhor Unknown, não vou, aqui defender o PS, até porque devem ter alguém responsável dessa tarefa. Vou só dizer-lhe uma coisa! Porque é que não publicam artigos de cidadãos que se tem manifestado, contra as política da CMC Carreiras,e a que muitos já o chamam de o"DDT"!!!
EliminarEu não votei no PS! Este artigo da vereadora Teresa Gaga, tem toda a razão e corresponde aquilo, que se esta a passar no concelho de cascais. Na verdade existe, por parte do vice- presidente do PSD, e responsável das eleições autárquicas, um medo terrível de vir a perder eleições. Não só, no concelho de cascais, como na maioria dos concelhos do país. Mesmo tendo, apelado à comunicação social, numa entrevista na Antena 1, que contava com o apoio da comunicação social, como sempre o teve….
ResponderEliminarNeste momento, e pelo que oiço, o senhor Carreiras Lavrador já é conhecido pelo DDT. E seus amigos, tentam boicotar todas as seções de esclarecimento, que estão contra a sua política no concelho de cascais. Muita coisa se irá falar, mas primeiro deixamos a caravana passar…
Até lá não se esqueçam que as eleições estão agendadas para Outubro de 2017, mas CMCarreiras , já estão a fazer propaganda alguns meses, se tem dúvidas leia a propaganda local, como por exemplo; Jornal C, Jornal da região, Destak e outras publicações… Já não vou falar nas rádios e televisões e jornais nacionais…
Um Democrata e Patriota
Curioso.... anónimo? mas o texto seguinte publicado como sendo de "esteves, ayres", é igual !..... copiado?
EliminarJoão Pinto, é só isso que tem para nos dizer?
EliminarUma explicação, para aqueles que sempre duvidam da verdade e da democracia e da liberdade de informação: Os motivos do "anónimo", levou-me que tivesse que repetir, e por esse motivo fi-lo com a minha foto.. sem medos dos Carreistas e seus correligionários... Por uma Informação Livre Independente e Democrática!
EliminarEu não votei no PS! Este artigo da vereadora Teresa Gaga, tem toda a razão e corresponde aquilo, que se esta a passar no concelho de cascais. Na verdade existe, por parte do vice- presidente do PSD, e responsável das eleições autárquicas, um medo terrível de vir a perder eleições. Não só, no concelho de cascais, como na maioria dos concelhos do país. Mesmo tendo, apelado à comunicação social, numa entrevista na Antena 1, que contava com o apoio da comunicação social, como sempre o teve….
ResponderEliminarNeste momento, e pelo que oiço, o senhor Carreiras Lavrador já é conhecido pelo DDT. E seus amigos, tentam boicotar todas as seções de esclarecimento, que estão contra a sua política no concelho de cascais. Muita coisa se irá falar, mas primeiro deixamos a caravana passar…
Até lá não se esqueçam que as eleições estão agendadas para Outubro de 2017, mas CMCarreiras , já estão a fazer propaganda alguns meses, se tem dúvidas leia a propaganda local, como por exemplo; Jornal C, Jornal da região, Destak e outras publicações… Já não vou falar nas rádios e televisões e jornais nacionais…. Um democrata e patriota
Não votei PS, não tenho cor excepto a da minha pele.
ResponderEliminarTenho que reforçar o que a senhora escreve, porque tenho constatado pelos motivos mais variados que os muros da autarquia erguem-se quando não concordamos ou apontamos o dedo.
Sim estão as eleições a chegar e eu pergunto se quereremos os autarcas a fazerem connosco, ou fazerem para nós? qual será a cidadania participativa se não respondem a e mails, propostas, projectos/ oferta de voluntariado....são tantas que enumerá-las seria cansativo e não faria deles melhores humanos. O chauvinismo é um problema neste município
Provavelmente é isto que Presidente Carreiras Lavrador não gosta,aqui vai:http://plataformacascais.com/plataformacascais/index.php/opiniao/831-carreiras-e-a-saliva-da-oposicao
EliminarQue não esmoreça o animo de quantos (neste caso quantas) ainda têm a coragem de fazer oposição sem se deixarem intimidar nem 'comprar'. Mas cuidado que a represálias costumam ser tramadas...
ResponderEliminarEm Cascais a democracia há muito que está sob condicionamento restritivo.
Muito bem Teresa Gago!
ResponderEliminarMuito bem.
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